A noite de sábado (7) terminou como tantas outras em Teresina: com mais um assalto violento em um bar, clientes rendidos sob a mira de armas e bandidos escapando em motocicletas, ilesos e impunes. O caso mais recente aconteceu no bairro Morada Nova, Zona Sul da capital, onde cinco criminosos, dois armados, invadiram um bar movimentado e levaram celulares, carteiras, cordões e pulseiras.
A população está farta. O roteiro já é conhecido por qualquer morador: dupla jovem em moto, entra armada, grita, humilha, rouba e foge. A diferença? Nenhuma. O resultado? O mesmo: vítimas traumatizadas e criminosos desaparecidos, como se tivessem evaporado.
Durante o ataque, parte das vítimas foi obrigada a deitar no chão, enquanto outras tinham que levantar as mãos. Um dos assaltantes, com arrogância e violência, chegou a agredir um homem com um tapa, conforme mostram imagens de câmeras de segurança. As cenas são revoltantes, mas infelizmente, rotineiras.
A Polícia Militar foi acionada, realizou buscas com equipes do 6º BPM, mas, como de costume, ninguém foi preso até agora. Nenhum nome, nenhuma pista concreta. Só mais um boletim de ocorrência e a promessa de “análise das imagens”.
E essa é a pergunta que martela na cabeça dos teresinenses:
Por que a polícia sempre chega depois?
Onde estão as viaturas? Onde estão os policiais?
Faltam efetivos? Combustível? Armamento? Planejamento? Ou falta vontade política?
Apesar dos dados oficiais dizerem que Teresina ainda está entre as capitais mais seguras do Nordeste, a realidade nas ruas conta outra história. Os casos de violência crescem, os crimes se multiplicam e o sentimento de insegurança avança como um câncer pelas zonas da cidade.
No fim de semana anterior, um sargento da Polícia Militar foi baleado ao reagir a um assalto semelhante. Matou um bandido, feriu outro, mas acabou morrendo no hospital dias depois. Um policial treinado, armado, com experiência. E mesmo assim, não saiu vivo. Isso expõe o que qualquer cidadão já sabe: se nem um sargento sobrevive, o que dirá o cidadão comum, desarmado e indefeso?
O que mais revolta o cidadão é a distância entre o discurso oficial e a dura realidade da população. A propaganda governamental insiste em dizer que a segurança melhorou. Que a polícia prende. Que o crime está sob controle. Mas os fatos gritam o contrário.
As imagens de vítimas no chão, humilhadas e roubadas, escancaram o fracasso de um sistema que só aparece com sirene ligada quando o terror já terminou.
Conclusão:
Teresina não pode aceitar a normalização da violência. A população paga impostos altíssimos e exige, com razão, presença policial real, pronta resposta, inteligência preventiva e prisão efetiva dos criminosos.
Enquanto isso não acontecer, os bares, as churrascarias e as esquinas da cidade continuarão sendo território livre para bandidos — e terreno de medo para o cidadão de bem.
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