A história de Javier Pereira, o suposto indígena zenú colombiano que teria vivido até os 169 anos, é um fascinante entrelaçamento de mito, marketing e mistério. Embora sua idade alegada nunca tenha sido comprovada cientificamente, sua história continua a intrigar e provocar reflexões sobre os limites da longevidade humana.
Javier Pereira, o eterno ancião da Colômbia
Em setembro de 1956, Javier Pereira foi levado a Nova York pela equipe do "Ripley's Believe It or Not" para ser examinado por especialistas do Cornell Medical Center. Com 1,32 metros de altura e pesando cerca de 35 kg, surpreendeu os médicos com sua vitalidade: artérias limpas, pressão arterial excelente e uma agilidade incomum para alguém de sua idade alegada. Durante uma coletiva de imprensa no Hotel Biltmore, Pereira demonstrou bom humor e energia, chegando a brincar com os presentes.
Apesar dos exames, os médicos não conseguiram determinar sua idade exata, sugerindo que ele poderia ter mais de 150 anos, mas sem confirmação definitiva.
Pereira afirmava lembrar de eventos históricos como o Cerco de Cartagena em 1815, além de conflitos indígenas e uma grande fome que assolou sua terra. Sua memória vívida desses acontecimentos reforçava sua alegação de longevidade.
Após sua visita aos Estados Unidos, o governo colombiano homenageou Pereira com um selo postal em 1957, destacando sua filosofia de vida: "Não se preocupe. Beba café e fume um bom charuto".
Javier Pereira faleceu em 30 de março de 1958, em Montería, Colômbia. Embora sua idade real permaneça um mistério, sua história continua a inspirar debates sobre os limites da longevidade humana e a influência da cultura e do mito na percepção da realidade.
A narrativa de Pereira nos convida a refletir sobre como histórias extraordinárias podem capturar a imaginação coletiva, desafiando as fronteiras entre o fato e a ficção. Em um mundo fascinado por recordes e feitos incríveis, a lenda de Javier Pereira permanece como um símbolo da eterna busca humana por respostas sobre a vida, a morte e o tempo.
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