A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte da jovem Alice Borges Barroso, de 25 anos, encontrada sem vida no Rio Surubim, em Campo Maior, no último dia 20 de abril. O ex-namorado da vítima, Darlan Oliveira, foi formalmente indiciado por feminicídio, com agravantes de meio cruel e por Alice ser mãe de duas crianças.
De acordo com a delegada Emylle Kaynar, da Delegacia da Mulher e de Proteção aos Grupos Vulneráveis de Campo Maior, o laudo cadavérico descartou completamente a hipótese de afogamento, alegada pela defesa de Darlan. O exame confirmou que Alice foi morta por asfixia mecânica causada por esganadura - ou seja, estrangulamento.
Histórico de violência
As investigações revelaram que Alice era vítima de violência doméstica. Ela já havia registrado denúncias contra Darlan e possuía uma medida protetiva contra ele, o que reforça a motivação passional do crime. Segundo a polícia, esse histórico, somado ao laudo pericial e aos indícios colhidos, foi determinante para o indiciamento por feminicídio - caracterizado quando o assassinato ocorre em razão do gênero da vítima, especialmente no contexto de relações afetivas marcadas por agressões.
Ação isolada
Até o momento, não há evidências de que Darlan tenha contado com a ajuda de cúmplices ou que o crime tenha sido acobertado por amigos ou familiares. O crime teria sido cometido por ele sozinho. Testemunhas ouvidas durante a investigação ajudaram a traçar o padrão de agressividade do suspeito e confirmaram a relação conturbada entre ele e Alice.
Darlan Oliveira foi preso preventivamente e permanece detido à disposição da Justiça. A Polícia aguarda o andamento do processo no Ministério Público e no Judiciário para a próxima fase do caso.
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