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Polícia PILOTO DE FUGA

Execução em posto de combustíveis em Teresina: piloto da moto é preso, mas mistério sobre a morte do frentista continua

Fernando da Paz foi assassinado a tiros enquanto trabalhava. Polícia prendeu um dos envolvidos, mas o autor dos disparos e a motivação do crime ainda são desconhecidos. DHPP investiga ligação com facções criminosas

17/04/2025 às 09h14
Por: Douglas Ferreira
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Maycon Douglas foi o piloto de fuga na execução do frentista Fernando da Paz - Foto: Reprodução
Maycon Douglas foi o piloto de fuga na execução do frentista Fernando da Paz - Foto: Reprodução

Foi preso nesta quarta-feira (16) um dos suspeitos de envolvimento na execução do frentista Fernando da Paz Araújo, de 36 anos, assassinado a tiros na tarde de terça-feira (15) na frente de um posto de combustíveis na Santa Maria da Codipi, zona Norte de Teresina. O crime, que chocou o Piauí pela frieza e brutalidade, ainda levanta uma série de questões sem resposta: por que Fernando da Paz foi morto? Qual a motivação? Quem mandou matá-lo? Os assassinos pertenciam a alguma facção criminosa? A vítima tinha envolvimento com grupos criminosos?

O Coronel Alves, comandante do Batalhão Especial de Policiamento do Interior (BEPI), confirmou que o homem preso, Maycon Douglas Pereira Emeliano,20 anos, era o piloto de fuga da motocicleta usada na fuga após o crime. Ele foi capturado no bairro Parque Brasil, também localizado na região da Santa Maria da Codipi. Até o momento, o suspeito não confessou a motivação do homicídio nem revelou a identidade do comparsa que efetuou os disparos.

O homem pilotando a motocicleta, de camisa azul claro, é Maycon Douglas preso nesta quarta-feira, 16 - Foto: Reprodução

De acordo com informações da Polícia Militar, Fernando estava trabalhando no momento do ataque. Dois homens se aproximaram em uma moto e, ao perceber a movimentação suspeita, o frentista ainda tentou fugir, mas foi atingido por vários tiros. A cena do crime foi registrada por câmeras de segurança e causou comoção entre os colegas de trabalho e moradores da região.

O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para realizar a remoção do corpo. A crueldade do assassinato e a forma como foi executado indicam, segundo fontes da investigação, a possibilidade de envolvimento de facções criminosas. Entretanto, ainda não há confirmação se a vítima ou os autores do crime tinham algum tipo de vínculo com esses grupos.

As diligências seguem em andamento. Equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio do BEPI, RONE, Força Tática e Diretoria de Inteligência da Polícia Civil (DINT), continuam mobilizadas na tentativa de localizar e prender o autor dos disparos. O caso está sendo tratado com prioridade máxima pelas autoridades de segurança pública do estado.

Enquanto isso, a população da zona Norte de Teresina segue assustada. A execução de um trabalhador em plena luz do dia, em seu ambiente de trabalho, evidencia o avanço da violência urbana e impõe à sociedade mais um luto inexplicável. A resposta das autoridades é esperada com urgência — não apenas para punir os culpados, mas para compreender o que está por trás desse crime bárbaro.

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