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Polícia MISTÉRIO

Casal de empresários é executado em sítio; Civil suspeita latrocínio com requintes de crueldade

José Eduardo Pavan e Rosana Ferrari, figuras conhecidas em Araraquara, foram mortos a tiros e encontrados trancados em caminhonete; celulares e documentos foram levados. Polícia apura crime com repercussão devastadora na comunidade

09/04/2025 às 11h07 Atualizada em 09/04/2025 às 11h23
Por: Douglas Ferreira Fonte: Com ifnformações Jovem Pan
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O casal foi encontrado morto dentro do veículo estacionado na porta ddo sítio da família - Foto: Reprodução
O casal foi encontrado morto dentro do veículo estacionado na porta ddo sítio da família - Foto: Reprodução

Quem eram as vítimas?

José Eduardo Ometto Pavan, 69, e Rosana Ferrari, 61, formavam um casal conhecido e respeitado em Araraquara (SP). Ele, empresário rural e herdeiro de uma família tradicional no ramo sucroalcooleiro; ela, diretora do Educandário da Criança, escola referência em educação infantil na cidade. Juntos, levavam uma vida marcada por trabalho, tradição e vínculos comunitários sólidos.

Ambos foram encontrados mortos com marcas de tiros em sua caminhonete, estacionada em frente à casa-sede do sítio da família, na Serra de São Pedro. Rosana estava na caçamba, com as mãos amarradas e o capô fechado. José Eduardo estava no banco dianteiro, também alvejado.


A dinâmica do crime

A Polícia Militar foi acionada após vizinhos estranharem a ausência de movimento no local e a caminhonete parada por horas. Ao vasculharem a área, encontraram os corpos do casal no veículo.

  • Rosana: tiro no lado esquerdo do peito, mãos amarradas.

  • José Eduardo: dois tiros no peito, dentro da cabine do carro.

A cena aponta para uma execução planejada e cruel, com a frieza de quem quis garantir que ninguém escapasse.


O veículo parado e sem nenhuma movimentação no sítio chamou a atenção de vizinhos que acionaram a polícia - Foto: Reprodução

O que foi levado? Roubo ou crime com outra motivação?

As primeiras investigações indicam que celulares e carteiras das vítimas foram levados, o que reforça a hipótese de latrocínio (roubo com consequência morte).
Segundo familiares, Rosana usava um modelo de celular de alto valor, o que pode ter chamado atenção dos criminosos. Documentos também desapareceram.

A Polícia Científica fez perícia na casa e no veículo, mas ainda não divulgou se há sinais de arrombamento, luta corporal ou outras evidências mais contundentes.


Há suspeitos ou prisões? Qual a linha da investigação?

Até o momento, nenhum suspeito foi preso. A investigação segue sob responsabilidade do Departamento de Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba, que trabalha com duas principais linhas:

  1. Latrocínio, considerando os pertences levados e o grau de violência.

  2. Execução premeditada, possivelmente com envolvimento de alguém próximo ou que conhecia a rotina do casal.

O fato de os corpos terem sido colocados na caminhonete e deixados à vista pode ter sido uma tentativa de dificultar a apuração ou de passar um recado.


Como a cidade reagiu ao crime?

A morte de José Eduardo e Rosana provocou comoção em Araraquara. A Prefeitura emitiu nota de pesar, e o Educandário suspendeu as aulas por dois dias. Ex-alunos, pais e educadores se manifestaram nas redes sociais em luto.

O casal era muito querido. Rosana, em especial, foi lembrada como uma gestora comprometida com a formação humana e afetiva das crianças. José Eduardo, embora mais discreto, mantinha forte presença no setor rural e era ligado a uma família com histórico político e empresarial de peso.


E agora? O que esperar?

O velório dos dois acontece no Cemitério São Bento, em Araraquara, com a presença de amigos, familiares e autoridades locais.

Enquanto isso, cresce a pressão sobre a polícia para uma resposta rápida. A possibilidade de o crime ter sido cometido por criminosos experientes ou com conhecimento da rotina das vítimas eleva o grau de complexidade do caso.

A repercussão do crime já ultrapassa os limites de Araraquara e São Pedro - e o caso pode ganhar força estadual se as investigações apontarem para uma organização maior ou conexões políticas e patrimoniais.

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