A ligação do PSOL com a defesa da descriminalização das drogas e o desencarceramento ganha mais um capítulo controverso. Brunella Hilton, de 23 anos, ex-candidata a vereadora pelo partido em São Paulo, foi presa em flagrante no centro da capital vendendo brigadeiros feitos com maconha. Com ela, a polícia encontrou mais de 800 gramas da droga, além dos doces já preparados para a comercialização.
A prisão ocorreu em 2 de março, mas só veio à tona duas semanas depois, quando a mãe de Brunella, Eunice Chagas, registrou um boletim de ocorrência relatando o desaparecimento da filha. Durante as investigações, a polícia revelou que a jovem não estava desaparecida, mas sim detida por tráfico de drogas.
Brunella, que ganhou projeção como ativista LGBTQIA+, integrou nas eleições de 2024 a candidatura coletiva "Bancada LGBTQ+" do PSOL, ao lado de Agripino Júnior e do ex-BBB Dicesar Ferreira, recebendo 1.113 votos. Suas bandeiras políticas incluíam a defesa dos direitos das pessoas trans, pautas identitárias e a flexibilização das leis sobre drogas, uma proposta constantemente levantada pelo PSOL.
A abordagem policial aconteceu no bairro da República, reduto da chamada "cracolândia" e um dos pontos mais críticos do tráfico na cidade. Os agentes notaram sua atitude suspeita e, ao revistá-la, encontraram a droga e os doces, configurando tráfico de entorpecentes.
Até o momento, o PSOL não se manifestou oficialmente sobre a prisão de sua ex-candidata, tampouco informou se irá fornecer assistência jurídica a Brunella Hilton. A detenção reacende o debate sobre o envolvimento de militantes do partido com a defesa aberta da liberação das drogas e seu impacto na segurança pública.
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