A busca por veículos mais eficientes e sustentáveis tem mobilizado engenheiros e empreendedores ao redor do mundo, e no Brasil, um empresário tem chamado a atenção ao desenvolver um carro híbrido capaz de rodar 1.000 km com apenas 30 litros de etanol. O responsável pelo projeto é Flávio Figueiredo Assis, dono da Lecar, montadora nacional que aposta na tecnologia híbrida como alternativa aos carros totalmente elétricos.
Diferente dos híbridos tradicionais, o Lecar 459 combina um motor elétrico com um gerador flex movido a etanol, garantindo uma tração 100% elétrica e eliminando a necessidade de recarga na tomada. Essa solução resolve um dos principais desafios dos carros elétricos no Brasil: a falta de infraestrutura de recarga.
Segundo Assis, essa configuração proporciona custo-benefício superior ao dos elétricos puros, permitindo autonomia estendida e abastecimento fácil em qualquer posto de combustível.
O modelo já está disponível para encomenda e custa cerca de R$ 148 mil, preço intermediário entre híbridos mais baratos (como o Kia Stonic, de R$ 130 mil) e modelos mais caros (como o Kia Niro EX, de R$ 200 mil).
A principal vantagem do Lecar 459 é a autonomia muito superior à dos elétricos atuais, que variam entre 300 km e 500 km por carga. Com um consumo estimado de 33,3 km/l, ele supera até mesmo os híbridos convencionais, tornando-se uma opção atraente para quem busca economia sem abrir mão da tecnologia.
Caso a Lecar consiga escalar a produção e manter o preço competitivo, o 459 pode se tornar um divisor de águas no setor automotivo nacional. Ele representa uma alternativa viável aos elétricos, reduzindo a dependência de baterias caras e infraestrutura de recarga, ao mesmo tempo em que aproveita o etanol, uma fonte renovável e amplamente disponível no Brasil.
Se a promessa se confirmar, o "Musk brasileiro" pode estar à frente de uma revolução no transporte sustentável, trazendo uma solução genuinamente nacional para um problema global.
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