Maria Lúcia de Sousa Filha, de 56 anos, prova que o crime realmente não tem limites – nem mesmo os das calçadas ou escadarias. Cadeirante e com um longo histórico no narcotráfico, ela foi presa novamente durante a "Operação DRACO 195", acusada de liderar uma boca de fumo na Vila Jerusalém, zona Sul de Teresina. Já veterana no mundo do crime, essa não é a primeira vez que Maria Lúcia sente o cheiro de cela – ao contrário, já esteve presa três vezes e, mesmo com um mandado de prisão em aberto, continuava no "comando dos negócios". Afinal, o crime pode até não compensar, mas a teimosia de alguns traficantes é admirável.
O narcotráfico, ao que parece, não conhece barreiras – nem etárias, nem físicas. Se há um setor verdadeiramente inclusivo no Brasil, é esse. O tráfico tem idosos, adolescentes, e até deficientes físicos em suas fileiras. E Maria Lúcia, mesmo sem poder correr da polícia, segue firme como uma gestora do crime. Dizem que chefes não botam a mão na massa, e ela levou isso ao pé da letra: supervisionava tudo sem precisar sair da cadeira.
Seu envolvimento no tráfico parece ser um "negócio de família", já que seus dois filhos também entraram para a vida criminosa – um já está preso e o outro segue em liberdade, quem sabe tocando os negócios enquanto a mãe cumpre mais um tempinho atrás das grades. A questão que fica é: será que Maria Lúcia vê o tráfico como um destino ou como uma herança familiar?
Apesar da sua condição física, ela não usou a cadeira de rodas como justificativa para o crime – talvez porque, no mundo do narcotráfico, a hierarquia não se mede pela agilidade nas pernas, mas sim pelo jogo de cintura. No final das contas, sua deficiência não a impediu de entrar para o tráfico, mas a polícia mostrou que tampouco impediu de ser pega mais uma vez.
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