Quarta, 19 de Março de 2025
23°

Parcialmente nublado

Teresina, PI

Polícia VETERANA DO TRÁFICO

Nem a cadeira de rodas impediu: Cadeirante é presa de novo por liderar boca de fumo em Teresina

Maria Lúcia, veterana no tráfico, foi detida pela quarta vez, provando que o crime não tem limites – nem físicos, nem etários

11/03/2025 às 12h04
Por: Douglas Ferreira
Compartilhe:
Veterana do tráfico mantém boca de fumo mesmo em cadeira de rodas - Foto: Reprodução
Veterana do tráfico mantém boca de fumo mesmo em cadeira de rodas - Foto: Reprodução

Maria Lúcia de Sousa Filha, de 56 anos, prova que o crime realmente não tem limites – nem mesmo os das calçadas ou escadarias. Cadeirante e com um longo histórico no narcotráfico, ela foi presa novamente durante a "Operação DRACO 195", acusada de liderar uma boca de fumo na Vila Jerusalém, zona Sul de Teresina. Já veterana no mundo do crime, essa não é a primeira vez que Maria Lúcia sente o cheiro de cela – ao contrário, já esteve presa três vezes e, mesmo com um mandado de prisão em aberto, continuava no "comando dos negócios". Afinal, o crime pode até não compensar, mas a teimosia de alguns traficantes é admirável.

O narcotráfico, ao que parece, não conhece barreiras – nem etárias, nem físicas. Se há um setor verdadeiramente inclusivo no Brasil, é esse. O tráfico tem idosos, adolescentes, e até deficientes físicos em suas fileiras. E Maria Lúcia, mesmo sem poder correr da polícia, segue firme como uma gestora do crime. Dizem que chefes não botam a mão na massa, e ela levou isso ao pé da letra: supervisionava tudo sem precisar sair da cadeira.

Seu envolvimento no tráfico parece ser um "negócio de família", já que seus dois filhos também entraram para a vida criminosa – um já está preso e o outro segue em liberdade, quem sabe tocando os negócios enquanto a mãe cumpre mais um tempinho atrás das grades. A questão que fica é: será que Maria Lúcia vê o tráfico como um destino ou como uma herança familiar?

Apesar da sua condição física, ela não usou a cadeira de rodas como justificativa para o crime – talvez porque, no mundo do narcotráfico, a hierarquia não se mede pela agilidade nas pernas, mas sim pelo jogo de cintura. No final das contas, sua deficiência não a impediu de entrar para o tráfico, mas a polícia mostrou que tampouco impediu de ser pega mais uma vez.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários