A crescente onda de violência e a fragilidade da segurança pública têm levado a população de Campo Maior, assim como em todo o Piauí, a conviver diariamente com o medo. Com a cidade cada vez mais tomada pelo narcotráfico, assaltos brutais têm se tornado frequentes, deixando cidadãos e comerciantes à mercê da criminalidade. O que chamou atenção no caso desta sexta-feira (07) não foi o crime em si, mas a reação inesperada da vítima, que resultou na morte de um dos criminosos e no ferimento de outro.
Segundo a Polícia Militar, dois assaltantes armados chegaram a uma loja de celulares a bordo de um Chevrolet TrailBlazer roubado e anunciaram o assalto. A ação foi rápida e violenta, com os criminosos rendendo funcionários e levando diversos aparelhos eletrônicos. Relatos indicam que a dupla agiu com extrema agressividade, ameaçando as vítimas o tempo todo.
No entanto, na fuga, foram surpreendidos pelo proprietário do estabelecimento, que, armado, reagiu ao crime e abriu fogo contra os assaltantes. Um deles foi atingido fatalmente e morreu ainda no local, enquanto o comparsa também foi baleado, mas conseguiu sobreviver e foi socorrido ao Hospital Regional de Campo Maior.
O Instituto de Medicina Legal (IML) foi acionado para remover o corpo do assaltante morto, enquanto a Polícia Civil investiga o caso. Ainda não há informações sobre a identidade dos criminosos, mas há suspeitas de que ambos possam ter ligações com facções criminosas que atuam na região. A polícia também apura se a dupla já possuía antecedentes criminais e se estava envolvida em outros roubos recentes na cidade.
A criminalidade em Campo Maior tem alcançado níveis alarmantes. O tráfico de drogas domina bairros inteiros, alimentando o crescimento de assaltos e homicídios. Comerciantes e moradores estão cada vez mais acuados, enquanto a sensação de impunidade fortalece a ousadia dos criminosos.
O episódio desta sexta-feira escancara um problema que há muito tempo preocupa os campo-maiorenses: a insegurança generalizada e a falta de ações eficazes para conter a criminalidade. A vítima da loja, ao reagir, fez o que muitos cidadãos gostariam de fazer ao se verem diante de criminosos armados, cientes de que, mesmo presos, podem ser soltos em uma rápida audiência de custódia.
A população segue aguardando por medidas concretas das autoridades para garantir mais segurança e evitar que casos como este continuem se repetindo, ou que, em uma próxima ocasião, seja um cidadão de bem a perder a vida.
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