O advogado Michel Alef Carvalho Amorim foi preso novamente na manhã desta segunda-feira (3) pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), durante a Operação DRACO 184. A prisão preventiva foi decretada após o investigado descumprir uma das condições impostas para sua liberdade provisória, que o impedia de sair da comarca de Teresina sem autorização judicial.
Michel Alef já havia sido flagrado transportando quase 100 kg de entorpecentes no porta-malas de seu veículo, resultando em sua prisão em flagrante e posterior preventiva. Contudo, mesmo após conseguir liberdade provisória, ele violou as restrições impostas pela Justiça, o que levou a uma nova intervenção policial.
Nova violação e revogação da liberdade provisória
Segundo o delegado Charles Pessoa, a reincidência de Alef demonstrou sua falta de compromisso com as determinações judiciais. A Polícia Civil solicitou a revogação da liberdade provisória e a decretação de uma nova prisão preventiva, prontamente deferida pelo Poder Judiciário. Além disso, foram expedidos mandados de busca e apreensão para endereços vinculados ao advogado, tanto em Teresina quanto em Timon-MA, com o objetivo de reunir novas provas contra ele.
O que a polícia encontrou nas buscas?
Durante o cumprimento dos mandados, a polícia apreendeu diversos materiais que podem reforçar as investigações sobre o envolvimento do advogado em atividades criminosas. As autoridades ainda não divulgaram detalhes sobre os itens apreendidos, mas a reincidência do acusado reforça as suspeitas de que ele continua atuando no crime organizado.
A posição da OAB diante do caso
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí (OAB-PI), foi informada sobre todas as medidas adotadas e garantiu acompanhamento jurídico ao investigado. A prisão foi realizada na presença de um advogado designado pela própria entidade, garantindo a transparência do processo. No entanto, a OAB/PI ainda não se pronunciou oficialmente sobre uma possível suspensão ou cassação da inscrição de Michel Alef, medida que poderia ser tomada diante da gravidade das acusações.
O caso evidencia a crescente necessidade de rigor no combate ao envolvimento de profissionais do Direito em facções criminosas e no crime organizado. A reincidência de Michel Alef reforça a urgência de uma resposta firme das autoridades e da própria OAB, para impedir que a advocacia seja usada como escudo para práticas ilícitas.
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