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Saúde LUTA PELA VISÃO

Enfermeira baleada pelo ex passa por cirurgia de 15 horas para tentar salvar a visão

Rebeca Barbosa foi transferida para Goiânia após ser atingida no rosto; procedimento delicado retirou projéteis e reconstruiu a retina

01/07/2025 às 11h21
Por: Douglas Ferreira
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Rebeca Barbosa se recupera da cirurgia em Goiânia - Foto: Reprodução
Rebeca Barbosa se recupera da cirurgia em Goiânia - Foto: Reprodução

A enfermeira e funcionária pública Rebeca Barbosa, baleada no rosto pelo ex-marido em Timon (MA), passou por uma cirurgia de alta complexidade com cerca de 15 horas de duração na última segunda-feira (30), na cidade de Goiânia (GO). O procedimento, considerado delicado e de alto risco, teve como foco principal a reconstrução da retina e a retirada de três fragmentos de chumbo alojados nos olhos da vítima.

A equipe médica que a acompanha se mostra cautelosamente otimista. Segundo familiares, a cirurgia foi considerada bem-sucedida, e os primeiros sinais pós-operatórios indicam que há chances de Rebeca preservar parte da visão no olho atingido. A paciente segue internada em observação na enfermaria e o quadro ainda inspira cuidados.

Por que a cirurgia não foi feita em Teresina?

A gravidade do caso exigia um tipo de intervenção oftalmológica altamente especializada, que não está disponível nos centros públicos ou privados de Teresina. Por isso, os médicos e a família optaram por transferi-la para uma clínica de referência em Goiânia, onde há estrutura específica para cirurgias microcirúrgicas na área ocular.

O que foi feito na cirurgia?

Durante o procedimento, os cirurgiões realizaram:

  • A remoção de projéteis de chumbo alojados no globo ocular

  • Reconstrução da retina danificada

  • Restauração parcial de estruturas internas do olho, comprometidas pelo trauma do disparo

O tipo de intervenção realizada é conhecido como vitrectomia posterior com reconstrução retiniana, e exige equipe multidisciplinar e equipamentos de última geração.

Quem está financiando o tratamento?

Os custos da cirurgia e da internação vêm sendo arcados com apoio da família e por meio de uma campanha de arrecadação pública, já que a transferência e o procedimento em clínica privada envolvem despesas elevadas. A sociedade tem sido fundamental para garantir o atendimento de Rebeca, e os familiares pedem que a solidariedade continue.

Como ajudar:

Aqueles que desejarem contribuir podem fazer doações via Pix ou transferência bancária:

Banco do Brasil
Agência: 2726-X
Conta Corrente: 50909-4
Pix (CPF): 039.908.713-31

Violência que precisa parar

Rebeca foi vítima de uma das formas mais brutais de violência de gênero: tentativa de feminicídio motivada por ódio e posse. O crime chocou as comunidades de Timon e Teresina, e acendeu mais uma vez o alerta sobre a escalada da violência doméstica e os seus impactos devastadores.

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