Homem suspeito de matar idoso alega legítima defesa após suposta tentativa de abuso

O homem acusado de assassinar o idoso Raimundo Nonato Pereira da Silva, de 69 anos, no bairro Promorar, em Teresina, se entregou à polícia nesta terça-feira (11). Ele afirmou que agiu em legítima defesa, alegando que a vítima tentou abusá-lo sexualmente na noite do crime. No entanto, a brutalidade do homicídio levanta dúvidas sobre a real motivação do assassinato.

Relação entre vítima e suspeito

De acordo com as investigações preliminares, o suspeito – cuja identidade não foi revelada – mantinha um relacionamento amoroso com Raimundo. Apesar disso, não há informações concretas sobre a natureza da relação e há dúvidas sobre a dinâmica entre os dois.

A noite do crime

Testemunhas relataram que os dois foram vistos juntos bebendo nas proximidades da residência da vítima. O crime teria ocorrido pouco tempo depois. O suspeito afirma que apenas reagiu a uma tentativa de abuso, mas não explicou por que não tentou se desvencilhar ou pedir ajuda antes de cometer o homicídio.

Descoberta do corpo

A localização do corpo de Raimundo só ocorreu porque uma amiga da mãe do suspeito recebeu uma confissão do próprio acusado. Ela relatou a informação para uma vizinha, que, por sua vez, alertou outros moradores. Preocupados, eles decidiram entrar na casa da vítima, onde encontraram o corpo trancado. O suspeito teria jogado a chave da residência fora antes de fugir.

Brutalidade do crime

O delegado Danúbio Dias, responsável pelo caso, revelou que o rosto da vítima estava completamente desfigurado, o que tornou sua identificação visual praticamente impossível. O excesso de violência coloca em xeque a versão do suspeito, já que, se ele apenas tentava se defender, por que tamanha agressividade?

Investigação e próximos passos

A Polícia Civil segue investigando o caso para determinar se a alegação de legítima defesa tem fundamento ou se o homicídio foi motivado por outros fatores. Além disso, os investigadores buscam esclarecer se o crime foi premeditado ou se houve um desentendimento que escalou para um ato extremo de violência.

A principal dúvida permanece: foi realmente um ato de defesa ou havia um histórico de desavenças entre os dois? As próximas fases da investigação serão cruciais para esclarecer os detalhes do crime.