Implosão derruba o que restava da ponte Juscelino Kubitschek entre Maranhão e Tocantins
Na tarde deste domingo (2), o que ainda restava da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, veio abaixo em uma implosão controlada. A estrutura, que desabou no dia 22 de dezembro de 2024, foi completamente demolida para dar início ao processo de reconstrução. O colapso da ponte resultou na morte de 14 pessoas, enquanto três vítimas ainda permanecem desaparecidas.
O procedimento ocorreu por volta das 14h e durou cerca de 15 segundos. Técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) coordenaram a operação, utilizando uma combinação de calor intenso e explosivos estrategicamente posicionados para fraturar o concreto e provocar o desmonte da estrutura.
Por questões de segurança, moradores de aproximadamente 200 casas nas cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO) foram temporariamente evacuados. A travessia do Rio Tocantins, que atualmente ocorre por meio de embarcações, foi interrompida durante a execução da implosão.
Os destroços que caíram às margens do rio serão removidos com o auxílio de máquinas pesadas, e o solo abaixo da antiga ponte passou por um processo de terraplanagem para facilitar os trabalhos.
Desde o desabamento, a prioridade das autoridades foi a busca e o resgate das vítimas. A remoção da estrutura só pôde ser realizada após avaliações de risco e planejamento estratégico. A necessidade de evacuação da população e a definição do perímetro de segurança também contribuíram para a demora na demolição.
Das 18 pessoas que caíram no rio no momento do colapso da ponte, 14 morreram e apenas uma sobreviveu. Até o momento, três corpos seguem desaparecidos, e as buscas continuam sendo realizadas por equipes especializadas.
Após a demolição completa da antiga estrutura, o governo federal deve iniciar os estudos para a construção de uma nova ponte na BR 226. No entanto, ainda não há prazos definidos para o início das obras. Enquanto isso, a travessia entre Maranhão e Tocantins segue sendo feita por balsas e barcos, impactando diretamente o transporte de cargas e o comércio local.
A tragédia da ponte Juscelino Kubitschek deixou marcas profundas na região, e a expectativa agora é que uma solução definitiva seja implementada o mais rápido possível para garantir a mobilidade e a segurança dos moradores e motoristas que dependem dessa importante ligação rodoviária.
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